Tuesday, September 05, 2006

Terça-Feira, 5 de Setembro de 2006

Andei pensando no que disse certa vez o poeta Cruz e Souza: Toda alma num cárcere anda presa!
Podemos fingir que somos livres. Há quem acredite ser possível garantir a independência completa do ser. Tolice.
Somos escravos de nossos corpos, foi oq eu disse Cruz e Souza. Nossas almas estão de curta passagem por este mundo presas em nós mesmos.
Presas, não necessariamente no mundo físico, mas quase sempre no plano psicológico, subjetivo.
Somos escravos de pessoas quando deixamos que uma opinião ou ofensa nos machuque e crie raízes, quando nos importamos demais com suas opiniões. Somos escravos de sentimentalismos, de amar em excesso, de sermos orgulhosos em excesso.
No fim, mesmo com a garantia de "liberdades" sociais e de expressão, não somos livres para viver plenamente nosso querer. Para nos revelarmos animicamente para o mundo.
Somos escravos de nós mesmos. Nosso Eu físico é mascarado e medroso.
Todos estão cegos, e surdos.

(...) Ó almas presas, mudas e fechadas
Nas prisões colossais e abandonadas,
Da Dor no calabouço atroz, funéreo!
(Cruz e Souza- Poesias completas)

2 comments:

Anonymous said...

concordo plenamente a liberdade eh inexistente e tudo que fazemos eh consequencia da natureza quando pensamos que temos a liberdade de pensar certamente esse pensamento vai ser um pensamento natural
aconselho vc a ler algum livro do filosofo holandês baruch spinoza

Anonymous said...

A prova disso são as mulheres, que reclamavam da vida boa( ficar em casa) e resolveram sair. Viraram escravas do trabalho, as famílias passaram a se destruir eentre ourtras consequencias. Cadê a liberdade?